“Eu gosto de olhos que sorriem
de gestos que se desculpam, de toques que sabem conversar e de silêncios que se
declaram.”
–Machado de Assis.
Meddy P.O.V
a luz do dia apareceu
enquanto voltava em silencio ao lado de Josh que dormia ao meu lado, Duda
dirigia em silencio e o único barulho que se escutava era dos roncos de Ryan
que dormia profundamente do banco de passageiros. Já eram seis horas da manha,
o resto da festa ocorreu normalmente e vamos dizer que de um jeito extremamente
feliz para mim, que não cruzei com o Justin, o qual havia subido pra um dos
quartos da casa com duas loiras. Quanto mais longe melhor!
[...]
– Meddy você vai demorar
muito ai? esta todo mundo te esperando — escutei a voz de Viollett do lado de
fora do banheiro
– Calma, já estou quase
pronta! — disse penteando rapidamente meu cabelo
– Estou lá em baixo! —
Escutei os passos de Viollett se distanciarem, coloquei a escova de cabelo no balcão
da pia e coloquei algumas coisas que eu iria precisar para ir pra praia. Sai do
banheiro rapidamente e desci as escadas correndo, se não eles seriam capazes de
irem sem mim!
Lá fora estavam todos,
exceto Josh e como eu não posso ter um dia se quer de paz, Justin estava lá!
Ele usava um boné
vermelho, uma blusa de mangas curtas e uma bermuda, ambas eram pretas, enfim,
ele estava ali, encostado numa moto conversando com Chaz e Duda, quando
perceberam minha presença todos sorriram, exceto o infeliz que bufou e colocou
o capacete, subindo na moto e logo dando partida. Grosso!
– O mal educado não vai
pra praia com a gente? — disse com uma ponta de felicidade ao entrar no carro
de Ryan. Viollett foi no banco de passageiro na frente ao lado de Ryan que deu partida.
– Ele foi na frente! —
Minhas felicidades acabar assim que Ryan me respondeu. – E Josh não vai! —
bufei irritada.
[...]
Até chegarmos na praia o
único barulho que se escutava era da musica do som do carro, todos estavam com
sono devido a hora, Chaz vinha no carro de trás com Duda, hoje era o dia em que
eu iria segurar vela!
–Chegamos! — Ryan disse
sorrindo e logo estacionando o carro, ajeitei minha bolsa no
meu ombro e sai do carro
logo após Viollett e Ryan descerem.
–Justin ta esperando a
gente naquela barraca! — Chaz disse apontando pra uma barraca e logo todos
andavam em direção a mesma. E lá estava ele e agora sem blusa.
Justin realmente tinha
um corpo dos deuses, pena que é tão retardado e que quase me matou!
–Hey dude e as minas de
hoje tão de primeira? — Chaz disse assim que parou ao lado de Justin que fitava
o local
– Eu corto seu pinto se
você olhar pra alguma vadia Chaz Somers— Duda disse ao chegar ao lado de Chaz e
dar um leve beliscão nele o qual fez cara de dor e passou a mão no local.
– Que isso amor! Você
sabe que eu só tenho olhos pra você. — Ele aproximou os seus lábios dos dela,
mas antes que tocassem um no outro ela colocou o indicador sobre os lábios
dele.
– Eu estou de olho! —
Ela pegou a bolça com comidas que estava na mão do infeliz chamado Justin e
seguiu em direção a areia.
Logo Chaz e Duda estavam
trocando amasso no mar e Ryan e Viollett alimentavam as gaivotas com pedaços
de pão. Eu estava sentada sentindo o vento bater levemente no meu rosto, Justin
para minha alegria havia sumido. Agora Chaz corria atras de Duda com uma pau
que ele dizia ser uma cobra e a besta corria achando realmente que poderia ser
um animal.
– Não vai entrar no mar?
— Escutei uma voz rouca ao meu lado e olhei pro lado, vendo Justin que olhava
para as nuvens.
– Não — Disse seria, ele
bufou e se sentou ao meu lado, a perna dele tocava na minha, assim como nossos
braços, fazendo arrepios percorrer o meu corpo.
– Eu realmente não
queria que ficasse esse clima entre a gente! Nós andamos com as mesmas pessoas,
querendo ou não vamos conviver juntos e não vai ser nada legal manter esse
clima de raiva entre nós dois! — ele disse num tom completamente passivo, o
olhei o qual olhava pra mim, a luz do sol refletia no seu rosto, deixando seus
olhos mais claros.
– Contanto que você pare
de ser debochado, cínico, sarcástico, arrogante, mal educ...
– Eu já entendi! — Ele
disse rindo e me interrompendo.
– Se é assim! —
Dei de ombros e ele sorriu — Ah e outra — Ele continuava com seu olhar fixo em
mim — Contanto que você não tente me matar novamente
– não foi minha culpa!
– Ah então de quem foi à
culpa? — ele arqueou a sobrancelha — eu? — apontei o meu dedo indicador pra mim
mesma e ri cínica
– Eu disse que tinha
sido culpa sua? — Ele disse num tom de voz já exautado
– Não mas
insinuou.
– Você só pode ter
problemas mesmo. Você não bate bem! Arruma qualquer caminho pra discutir, eu estava
na paz querendo realmente que nós fizéssemos as pazes, mas puta merda — ele se
levantou — Você é muito complicada e já arruma uma forma de insultar as
pessoas. Qual o seu problema? — ele agora estava de frente pra mim, em pé.
– O meu problema? — ri
falsamente — Eu não tenho nenhum problema, eu não sou o problema — essa altura
do campeonato Chaz e Duda observavam nossa discursão — O problema aqui é você,
o complicado é você. Por mim você nem estaria aqui!
– Seu desejo é uma
ordem! — ele pegou a blusa dele que estava ao lado de uma cadeira de sol e a
jogou em seu ombro — Valeu ai pessoal — Ele saiu indo em direção ao
estacionamento.
– Precisava disso? —
Chaz me repreendeu de uma forma seria e fria. — Vocês dois podem não se darem
bem, mas, Justin é uma ótima pessoa, ele estava disposto a tentar se acertar
com você, mas você com sua ignorância...
– Chega Chaz. — me
levantei e calcei rapidamente minhas havaianas e fui à mesma direção a que
Justin havia ido. — JUSTIN — gritei enquanto corria até ele que ia a passos
lentos até sua moto
– O que você que agora?
— ele continuou andando e subiu na moto
– Espera! — pedi já
ofegante — Por favor, ei Justin, espera! — corri mais rápido em direção a ele e
ele finalmente me olhou.
– Pra sua alegria eu já
estou indo — ele disse e ligou a moto
– Eu não queria falar
aquilo, é... foi mal! — disse parando na frente da moto e o olhando.
– Sobe. — ela disse me
estendendo um capacete
– O que? — perguntei
confusa e não peguei o capacete que ele me estendia
– Eu vou te levar em um
lugar. Será que você é tão medrosa assim? Ao ponto de não querer dar uma volta
de moto? — ele riu sarcasticamente — Medrosa
– Eu não tenho medo de
andar de moto, eu tenho medo de andar de moto com você! — disse cruzando os
braços
– Admiti Meddy, você
esta com medo! — ele tinha um sorriso divertido nos lábios. Ele gostava de me insultar, isso
eu tenho certeza!
Estiquei minha mão e
arranquei o capacete de suas mãos e o coloquei, ele riu assim que eu subi na
moto e passei meu braço pela cintura dele.
– Não se anime! — ele
riu novamente e acelerou, dando partida com a moto.















